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terça-feira, 16 de junho de 2009

Polícia quer usar armas para provar ligação de neonazista com homicídio

Armas, livros e computadores com apologia ao nazismo foram apreendidos. Briga entre os grupos já causou ao menos uma morte, segundo a polícia.




A Polícia Civil de São Paulo deve utilizar o material apreendido na casa de integrantes de grupos de intolerância para provar a ligação de um neonazista em um homicídio ocorrido em 2007. Nesta terça-feira (16), agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) localizaram armas, livros, computadores e material de apologia ao nazismo. A operação foi montada para cumprir nove mandados de busca e apreensão. Até as 16h desta terça, não havia sido divulgado um balanço do material localizado.





Em 2007, um jovem que faria parte de uma gangue nazista foi assassinado por um adolescente punk. O rapaz foi detido e encaminhado à Fundação Casa (ex-Febem). Um ano depois, o suspeito do homicídio conseguiu fugir da fundação.

Em agosto, quando chegava em sua casa, localizada no bairro Bela Vista, na região Central de São Paulo, ele foi emboscado por oito neonazistas que o esfaquearam e o espancaram.

Apesar de fica gravemente ferido, ele sobreviveu. O jovem identificou por meio de fotografias, um dos agressores, que foi indiciado. A Justiça, porém, não aceitou o pedido de prisão conta o suspeito, alegando falta de provas. A polícia diz esperar que, com o material apreendido nesta terça-feira, o pedido enfim seja aceito.





Armas

Entre as armas apreendidas, destacam-se artefatos de brinquedo, como revólveres, que seriam utilizados para intimidação. Segundo a polícia, os neonazistas usam apenas armas brancas em suas lutas. “Eles usam soco-inglês, facas, coturnos com biqueira de aço e canivetes”, afirmou a delegada Margarete Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do DHPP.

Precavidos, os neonazistas procuravam sempre portar esse tipo de arma. “Eles frequentam os mesmos lugares que os punks”, comentou a delegada, ressaltando que as brigas nesses locais são comuns.

No material apreendido, a polícia encontrou uma lista com as regras que os neonazistas devem seguir. Entre as exigências estão a proibiçao do uso de drogas, discrição e respeito à hierarquia.

Essa lista também contém os locais de encontro do bando, como o Parque Villa Lobos e as imediações das estações de Metrô Santa Cruz, Ana Rosa e São Judas. São nesses locais que os embates com os punks acontecem geralmente.



Crimes de intolerância

Nazistas e punks seguem ideologias distintas. Mas em um aspecto eles são parecidos: não toleram determinados grupos, como homossexuais. De acordo com Margarete, o DHPP identificou em São Paulo 25 gangues que cometem crimes de intolerância.

“Há, em nossos bancos de dados, cerca de 3.000 nomes de integrantes desses grupos”, completou a delegada.

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