
Segundo ele, a situação no local "está tranquila". "Abrimos uma vala de 30 metros de comprimento na lateral da barragem para sangrar a água e conseguimos baixar o nível três metros. Agora não há mais risco", disse, ressaltando que engenheiros da prefeitura estão preparando um laudo técnico que atesta a segurança do local.
A barragem, que possui capacidade para 300 mil metros cúbicos de água, estava muito próxima de alcançar o limite máximo, depois que fortes chuvas atingiram a região, no sábado (4). O quadro piorou quando parte de uma rampa de concreto por onde escoava a água desmoronou e a população precisou ser retirada.
Carvalho diz que faz dois dias que não chove na cidade e explica que, mesmo que as tempestades voltem, o trabalho de reparo impedirá que a barragem encha completamente. "Não vai passar de 75% da capacidade", afirma.
Agora a barragem, que começou a ser construída há cerca de um ano, deve passar por manutenção. A Prefeitura de Camutanga diz que vai entrar com uma ação contra a antiga gestão. "Por ser uma barragem nova, a gente suspeita que houve falha técnica. Mas não podemos assegurar ainda, porque não temos informações sobre a construção", diz Carvalho.
A obra foi feita pela empresa Brumac Serviços e Construções Ltda, financiada pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para beneficiar os agricultores da região. A prefeitura diz que o prazo legal para a conclusão as obras era dezembro do ano passado, mas que não há nenhum documento que registre isso foi encontrada até hoje pela atual gestão.
Em maio, o rompimento da barragem Algodões 1, na zona rural do município de Cocal, no Piauí, deixou oito pessoas mortas e quase 3.000 desabrigados e desalojados. Investigações do Ministério Público Estadual, da Procuradoria da República e da Polícia Civil estão em andamento para apurar o ocorrido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário