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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Parentes criam comissão para acompanhar buscas ao voo 447

Famílias ainda não pensam em indenização, mas querem monitorar as investigações a partir de Recife


Os parentes dos passageiros do voo AF 447, da Air France, que estão hospedados no Hotel Windsor, formaram uma comissão para acompanhar as buscas e as investigações sobre o desaparecimento do Airbus A330. Os familiares foram encaminhados ao local, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, pela companhia aérea.
Segundo Nelson Faria Marinho, de 66 anos, pai de um dos passageiros do avião desaparecido, o grupo pretende viajar até Recife para ficar mais perto do Arquipélago de Fernando de Noronha, de onde a Marinha e a Aeronáutica comandam as buscas. “Essa vontade já foi comunicada à Air France e provavelmente a Força Aérea Brasileira [FAB] vai disponibilizar um avião para nos levar até lá”, afirmou Marinho, cujo filho, também chamado Nelson, viajava para Angola e faria conexão em Paris. Marinho reclamou do tratamento que alguns veículos de comunicação estão dando à situação, ao afirmar que não haveria mais chances de encontrar sobreviventes. Ele disse que muitos dos parentes dos passageiros ainda têm esperanças. "Meu filho, por exemplo, tem curso de sobrevivência debaixo d’água. Se ele teve uma chancezinha, ele está vivo e ainda ajudando outras pessoas. A gente vai continuar acreditando, enquanto não vir a realidade. Até agora a gente não viu”, acrescentou. Sobre a assistência que a Air France está oferecendo às famílias dos passageiros, Marinho disse que está sendo satisfatória. Ele contou que sua mulher chegou a passar mal, mas foi prontamente atendida pela equipe de médicos de plantão. Mais cedo, Marteen Van Sluys, irmão da jornalista Adriana Francisco Van Slyus, já havia elogiado os serviços prestados. “A equipe está sendo muito atenciosa e o atendimento, principalmente com psicólogos, é individualizado. Na madrugada, quem não conseguiu dormir, ficou na sala disponibilizada pela companhia aérea, e foi confortado pelos psicólogos.” IndenizaçãoAs famílias dos passageiros do voo 447 da Air France que estão hospedadas no Hotel Windsor, no Rio, estão mobilizadas para acompanhar de perto as buscas e investigações sobre o desaparecimento da aeronave. Elas, no entanto, ainda não falam em pedir indenização à empresa aérea francesa. A informação foi dada por Mariana Paes, amiga de uma das passageiras do Airbus A-330, Adriana Moreira Henriques. De acordo com Mariana, que veio ao hotel na manhã desta quarta (3) prestar solidariedade à família da amiga, ainda há muita esperança. “Ninguém está falando nisso [indenização] agora. A maioria [dos parentes] está empenhada, e rezando muito, para que sejam encontrados sobreviventes. Primeiro, eles estão trocando contatos para somente posteriormente, se for o caso, pensar em mover uma ação”, disse ela. HistóricoO voo AF 447 da Air France, operado por um Airbus A 330-200, desapareceu com 228 pessoas a bordo depois de decolar do Rio às 19h de domingo (31). A chegada na capital francesa estava prevista para as 6h15 (de Brasília), segundo a empresa. Segundo a Air France, o desastre aconteceu a meio caminho das costas do Brasil e da África, onde ocorrem as buscas. A expectativa de encontrar sobreviventes, no entanto, é muito pequena. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, visitou o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, onde o avião deveria chegar, e declarou que o acontecido "é um acidente trágico. As chances de serem encontrados sobreviventes são muito pequenas". Dentre 228 os passageiros, 126 são homens, 82 mulheres, além de sete crianças e um bebê. Dos tripulantes, três são responsáveis pela condução da aeronave e 12 pelo atendimento aos passageiros.A Air France informou que não vai divulgar a lista oficial com os nomes dos passageiros até contatar todas as famílias. No entanto, a companhia já afirmou que havia 58 brasileiros no voo. Este número diverge do divulgado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que disse haver 57 pessoas do Brasil no avião. O voo AF 447 tinha 216 passageiros a bordo de 32 nacionalidades, incluindo sete crianças e um bebê. Segundo a Air France, 61 eram franceses, e 26 alemães. Dos 12 tripulantes, um era brasileiro e os demais franceses.

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