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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Adolescentes criam página na internet para combinar agressões às amigas

SÃO PAULO - Alunas de uma escola pública de Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo, criaram uma página na internet para combinar agressões contra colegas consideradas bonitas e estudiosas. Pelo menos 15 meninas já foram atacadas. As alunas que sofreram as humilhações disseram que, durante meses, foram ameaçadas e espancadas pelas colegas de escola.

- Enquanto a gente não mudar de escola, não vão sossegar. Me pegaram por trás, deram muito chute, soco. Puxaram meu cabelo, puxaram muito meu cabelo. Nossa, foi muito ruim - disse uma aluna, que preferiu não se identificar.

A página foi retirada do ar, mas a polícia tem uma cópia que dá uma noção sobre o nível da agressividade nas conversas. O próprio nome do site, "Bonde do Capeta", já assustava. Pelo menos 15 meninas, entre 13 e 14 anos, faziam parte do grupo.

- Começou com uma menina que escreveu 'Bonde do Capeta' na mochila. Aí, perguntou quem queria entrar no bonde. Para entrar, tinha que bater em menina bonita, loira, que estuda e arruma dinheiro para a escola, até arrancar sangue - disse uma menina.

Os pais estão assustados e querem tirar as filhas da escola.

- São os dias mais terríveis da minha vida. Se afeta a elas a minha filha se arrumar e ir para escola e estudar, em que mundo nós estamos? - questiona uma mãe.

A polícia já identificou cinco estudantes que comandavam as agressões. Elas foram transferidas para outras escolas. O Ministério Público também vai investigar.

- Até agora, as informações que vieram da unidade policial é que, no mínimo, em tese, está configurado o crime de formação de quadrilha ou bando - disse o promotor de Justiça, Naul Felca.

Os especialistas em educação dizem que não basta punir. As agressoras precisam receber também ajuda psicológica.

- É preciso ensinar o carinho, é preciso ensinar a compaixão, é preciso ensinar a tolerância. E isso deve constituir conteúdos de programas da educação, na família e na escola - disse o mestre em psicologia social João Roberto Araújo.

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